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Comprar um cachorro e levar para casa

Colocar o cão dentro de casa é um ato de amor e, embora tenha pouco a ver com humanizar, está muito ligado a outros aspectos, como aprender sobre a saúde dos animais, compreender como educá-los adequadamente, entender os avanços de tecnologia de produtos e serviços — que apresentam muitas conveniências e facilitam a convivência — e reconhecer os benefícios diretos que a proximidade com os animais pode trazer à saúde do ser humano. São todos esses elementos que permitem abrir o espaço íntimo de nossas famílias para os cães e desfrutar da companhia deles com mais proximidade e intensidade.

Por fim, é possível realizar a fantasia de ter um animal de estimação feliz, saudável e muito bem-integrado à família. O importante é saber, apenas, que um cão assim não é como um produto de pronta entrega. Ele é, sim, resultado de muito envolvimento dos humanos com suas necessidades e sua educação. E isso é o que vamos tentar mostrar ao longo do livro.

COMPROMETIDO COM A GRANDE DECISÃO?

A primeira coisa que se deve ter em mente quando se pensa em acolher um animal em nossa casa é que isso nunca deve ser feito por impulso. O cão não é para a festa de aniversário; o cão é para todos os dias da vida!

Que tal, antes de fazer uma escolha, refletir? Um bom começo é colocar de lado o encanto daquele cãozinho adorável e fofinho e mensurar sua vontade e disposição para criá-lo respondendo perguntas realistas que donos de cães costumam enfrentar: Por exemplo: "É possível doar parte do seu tempo para se dedicar ao mascote?"; "E possível comprometer uma parte de seu orçamento para oferecer todos os cuidados mínimos que seu cão possa precisar?"; "E possível exercitar sua verdadeira paciência, considerando que leva certo tempo para um cãozinho ser educado, amadurecer e se adaptar a sua rotina?". Para algumas pessoas, ter um cão pode significar perda de tempo, mas para os verdadeiros amantes desses animais isso significa um prazeroso passatempo! Nos próximos artigos, sugerimos alguns temas para aprofundar a reflexão.

Quanto de espaço meu cachorro precisa


Existe um mito de que a felicidade do cachorro é diretamente proporcional ao tamanho do seu quintal. Isso não é necessariamente verdade!

A questão do espaço envolve dois aspectos principais. Em primeiro lugar, é certo que o cão tem essência de explorador e necessidade natural de investigar o ambiente, o que envolve desafios e exercícios. E ter um ambiente à disposição para explorar e realizar exercícios físicos satisfatórios — como correr, pular, explorar, cavar, nadar etc. — certamente envolve espaço físico. Em segundo lugar, o cão é um animal extremamente social e tem necessidade natural de convívio estreito com seu grupo. O cão não explora o dia inteiro; é de sua natureza descansar uma boa parte do tempo, e isso ele prefere fazer próximo aos seus companheiros.

Dessa forma, do ponto de vista do cão, ele será tão mais feliz quanto mais puder desfrutar de três coisas:

1) da convivência intensa com seus donos, independentemente do fato de seu quintal ser ou não grande;

2) de um ambiente estimulante, o que está muito mais relacionado ao enriquecimento do ambiente com novidades do que ao tamanho do espaço e

3) de exercícios físicos frequentes, que podem ser realizados por meio de passeios diários. Passeios com o dono são mais estimulantes para o cão, pois gasta-se energia com interação.

Existem cálculos que estimam o espaço mínimo necessário de que um cão precisaria — por exemplo, um metro quadrado para cada quilo de peso. No entanto, essas medidas são direcionadas às construções de canis, onde o cão irá ficar a maior parte do tempo. Quando habita em uma família, devemos considerar como espaço o acesso total que o cão terá à casa, como sala, cozinha, quartos, e não somente o quintal.

Analisando dessa forma, em geral o espaço mínimo é contemplado. Porém, como ressaltamos, espaço não significa felicidade para o cão. O importante é ter consciência de que o bem-estar dele estará relacionado com as possibilidades de interação oferecidas pelo dono e com estímulos e exercícios físicos, em qualquer lugar que seja.

Aqui aproveitamos para lançar uma pergunta crucial: é justo, então, manter um cão num apartamento? A resposta é: claro! A diferença entre uma casa e um apartamento é apenas a facilidade que se terá para levar o cão para fora. Em ambos os casos, ele ficará próximo à família na maior parte do tempo, mesmo se estiverem assistindo à televisão ou trabalhando no computador. Nenhum cão utiliza o quintal como parque ou academia se não for estimulado através de companhia e de desafios. Por isso, tanto em casa como em apartamento, a família não estará livre da responsabilidade de levar seu cão para fazer exercícios!

Outra questão importante a ter em mente é que querer um cão é querer conviver, e convivência vem junto com a capacidade de ceder, dividir e estar disposto a transformações. Isso inclui mudanças de comportamento e, algumas vezes, alterações no espaço físico, como reservar ao cão um espaço da varanda para um banheirinho confortável onde ele possa fazer xixi e cocô no lugar certo.



Por fim, enxergamos que a questão de espaço está muito mais relacionada à qualidade da educação e do enriquecimento ambiental oferecidos do que ao número de metros quadrados. Hoje em dia, auxiliamos muitos donos a estabelecer limites claros de convivência e atender a todas as necessidades de limpeza, exercícios, estimulação e sociabilização do animal. Dessa forma, ao se comprometerem com a educação de seu cão, eles conseguem conviver em harmonia até nos menores dos apartamentos. Aquele dono que tem um jardim de mansão e por isso julga que não é necessário maior investimento em educação e limites para seu cão, acaba, cedo ou tarde, tendo que lidar com alguma questão séria de convivência.